Foto de Diane Picchiottino via Unsplash
Ano passado fiz o curso de interpretação de sonhos com a Drª Francis Paciornick (médica neurologista, neurofisiologista, e terapeuta junguiana). E antes de ensinar a interpretar os sonhos ela nos mostra que existe todo um mundo sutil para além do concreto: inconsciente (pessoal e coletivo), sombras, guias interiores, irmãs/irmãos ancestrais, self, poderes psíquicos, alquimia…
Curioso… há muitos anos atrás eu anotava meus sonhos num caderno sem saber bem o porquê e hoje sou apresentada a um mundo em que eles são a forma com que nosso inconsciente conversa conosco.
São muitas coisas para se contar e eu recomendo FORTEMENTE que vocês a sigam no instagram. Ela fala dos mistérios de magia há muito adormecidos, prontos para serem colocados em prática. E quando falo magia, quero dizer uma vida espiritual em que utilizamos nosso poder pessoal para transformar a nossa vida e nosso entorno.
É um conhecimento que todos nós sabemos, mas que precisamos nos lembrar, despertar.
O que abriu meus olhos foi entender que temos sim um inconsciente e que ele conversa conosco. Que existem coisas maiores do que nós nas quais precisamos ter fé (acreditar antes de ver). Que somos responsáveis pela nossa vida, precisamos vencer nossas sombras e para isso, voltar nossos olhos e ouvidos para dentro.
E é aí que vou me concentrar hoje. Olhos e ouvidos pra dentro.
Num outro post comentei sobre uma voz insistente que fica em nossa mente enchendo-a de preocupação, ataques e pré-julgamentos. Pois bem, nesse curso descobri que essa voz é real, é uma parte nossa, um guia interior (Animus, para as mulheres).
Mas por que um guia faria isso conosco? Ele não deveria fazer o contrário? Pois é. Ele até vai, mas antes precisamos fazer o dever de casa.
Num belo dia (ou não tão belo assim) você começa a se questionar: que burra que eu sou, porque fui fazer isso? Eu não sirvo pra nada mesmo. Eu não vou conseguir fazer isso. Eu não mereço. Sou uma péssima filha/mãe/esposa. Os outros são melhores do que eu. Isso não vai dar certo… e por aí vai. Reconhece?
Antes que isso vire uma espiral sem fim, mine sua autoestima por completo e você de fato acredite nessa voz, pare e reflita.
Essa voz julgadora, crítica, depreciativa, dura, opressora e até mesmo cruel surge toda vez que nós mulheres nos doamos demais, toda vez que passamos por cima de uma vontade genuína, toda vez que não nos priorizamos, toda vez que deixamos de nos expressar verdadeiramente. Então seu guia se enfurece e começa a te atacar. É como se ele dissesse: Minha filha! Estou aqui fazendo um esforço danado para te curar e te guiar no melhor caminho e você aí se sabotando? Isso não vai ficar assim, escuta aqui…
Quando você sentir essa energia “negativa” na sua vida, em que você se vê como a mosca do cocô do cavalo do bandido, avalie em que momento naquele dia, ou recentemente, você se colocou em último lugar, você passou por cima de si mesma, não se ouviu.
Ao identificar, converse com seu guia. Diga pra ele que você já entendeu e que vai se policiar pra não fazer mais. Que você está aprendendo e que ele tenha paciência e te ajude ao invés de atrapalhar. Parece loucura? Experimente.
Os homens também possuem um guia. Uma guia, a Anima. Para eles funciona um pouco diferente. Não é uma voz julgadora porque ele não se priorizou. É o “veneno” do desânimo, melancolia e vitimismo que começa a dominá-lo sempre que ele passa por cima de seus valores. Geralmente por causa do que se espera de um homem, por pressão social, etc.
Por exemplo, algo muito frustrante acontece e ele gostaria de desabafar com alguém. Ele sente essa necessidade, mas como “homem não chora”, ele guarda pra si.
Então, quando se sentir preguiçoso, desanimado, melancólico, sentindo dó de si mesmo, avalie que parte sua anda negligenciando.
Representação de Animus e Anima
Toda vez que leio sobre o assunto ou reassisto as aulas, percebo algo novo. Esse texto é apenas um resumo do que apreendi. O autodesenvolvimento é um trabalho constante.
Pra quem se interessou, o curso está em lista de espera: