Quem também ama The Office?
Como eu disse lá nos primeiros posts, esse blog (?) tinha o propósito de abrir espaço na minha vida para eu colocar para fora várias coisas que rondavam a minha cabeça.
Sou uma pessoa que penso muito. Analiso. Julgo (pois é). Revisito. Vou formando os pensamentos, conceitos, crenças aos pouquinhos, construindo tijolo a tijolo não sem uma boa dose de ‘desfaz tudo e começa de novo’...
Eu me sentia por vezes angustiada com tanta coisa na minha cabeça, mais enrolando do que agregando. Realmente pensei que teria um oceano de coisas para escrever. Na verdade, não é que eu não tenha, mas nem tudo virou motivo de texto.
Aprendi a avaliar esses pensamentos: Eles valem toda essa energia gasta? Vão levar a algum lugar? Seria algo interessante de se escrever sobre?
Essas perguntas já me ajudavam a mandar muitos deles pastar e tocar a vida em frente, sem ruminar (como uma boa taurina sabe fazer).
Um ano atrás você estava preocupada com um monte de coisas das quais você nem se lembra mais (tradução livre).
Mas veja que coisa. Fiz o exercício de não me pressionar por qualquer produtividade. Primeiro, porque praticamente ninguém lê meus textos até então, ou seja, não tenho compromisso com ninguém. Segundo, aprender a fazer algo por diversão e não com uma régua de qualidade do lado.
Foi um belo exercício que, claro, refletiu-se em outros aspectos da vida.
Acredito que nada que você faça ou deixe de fazer ou mude como faz, deixa de reverberar em sua vida como tudo. Somos um ser integral oras! Não somos partes, somos um todo. Por isso que qualquer aprendizado alcançado, sinto que vai me formando e aprimorando em diversas direções.
Vamos ao balanço dos aprendizados desse ano:
1 ano de ‘vamos nos abrir para o mundo, ter coragem, um pouco mais de impulso e levar as coisas na brincadeira’.
1 ano de ‘olha quanta coisa legal tem acontecido e que pode ser compartilhada’.
1 ano de ‘vamos com calma, um passo de cada vez, vamos ver no que vai dar’.
1 ano de ‘faça o básico que funciona’.
1 ano de ‘você não é obrigada a nada’.
1 ano de ‘antes de tudo, preste atenção em si mesma”.
1 ano de ‘respeite seu momento, não tá a fim (de escrever) não faça’.
Hoje o texto é pequeno. Um pequeno reconhecimento do quão importante tem sido esse processo de aprendizado, crescimento e amadurecimento. Quem disse que pra ser adulta é só seguir um manual? Que nada. Muito trabalho envolvido, muitos ‘serás’, muitos ‘porquês’, muitas idas e vindas. Fazendo o caminho enquanto se caminha.
Esses dias conversando com uma amiga, falamos sobre como nos sentimos muito perdida muitas vezes. Estamos ambas na casa dos 30. Aquela idade que a gente achava que ia ter tudo pronto e resolvido. Ledo engano.
Eu disse a ela que pra mim, momentos de muita dúvida são momentos de transição. Estamos saindo do que sabemos para algo novo. Nada mais normal de que se sentir perdida. Essa forma de encarar as coisas ajuda bastante. Afinal, é preciso ter calma quando a cabeça não funciona bem. Podemos estar longe de enxergar o panorama como um todo, e não precisamos de afobação. Ter fé (crer antes de ver) de que as nuvens se dissipam na hora certa é um grande alento.
Em momento difíceis, devemos parar tudo e tratar de nos cuidar. Nada de querer resolver o mundo.
Acredito que eu estava num momento de transição específico quando comecei a escrever aqui. Tudo era meio nebuloso, não via um palmo à frente e o medo de dar um passo era grande.
A partir do momento em que decidi dar um passo por vez, o caminho começou a se abrir. Não quer dizer que eu saiba exatamente onde ele vai dar. Quem é que sabe afinal? Mas é pra frente que se anda.
Um abraço a quem por ventura estiver lendo por aí!